Era Vargas: Transformação e Autoritarismo
A Era Vargas começou com a Revolução de 1930, quando Getúlio chegou ao poder após a deposição de Washington Luís. Este movimento foi resultado da crise da República Velha, marcada pelo descontentamento com a política do café com leite e as constantes fraudes eleitorais que geravam instabilidade política.
O período pode ser dividido em três fases principais: o Governo Provisório (1930-1934), quando Vargas governou sem Constituição; o período constitucional após a Constituição de 1934; e o Estado Novo (1937-1945), fase ditatorial justificada pelo suposto Plano Cohen - um falso plano comunista que serviu como pretexto para Vargas instaurar um regime autoritário.
Durante seu governo, Vargas promoveu a modernização do Brasil através da industrialização e do fortalecimento do Estado. Seu maior legado foi a criação da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), que instituiu direitos como salário mínimo e jornada de trabalho regulada, beneficiando os trabalhadores urbanos e criando uma base de apoio popular.
Você sabia? Getúlio Vargas é chamado de "pai dos pobres" por muitos brasileiros devido às leis trabalhistas que implementou, mas também era conhecido como "mãe dos ricos" por seus críticos, já que manteve alianças com as elites enquanto promovia suas políticas sociais.
O fim do Estado Novo ocorreu em 1945, quando Vargas foi deposto pelos militares, marcando o retorno da democracia ao Brasil. Contudo, seu legado político permaneceu tão forte que ele retornou à presidência em 1951 pelo voto popular, governando até seu suicídio em 1954, evento que abalou profundamente a política brasileira.