Figuras de Linguagem
O paradoxo junta ideias com sentidos opostos na mesma expressão. Imagine dizer: "Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom". É diferente da antítese, que usa palavras de significados contrários, como em "Quem ama o feio, bonito lhe parece".
A prosopopeia (ou personificação) dá características humanas a seres que não são humanos. Quando você lê "O jardim olhava as crianças sem dizer nada", o jardim está agindo como uma pessoa. Já a ironia diz algo querendo expressar exatamente o contrário, como em "É tão inteligente que não acerta nada".
A metáfora compara coisas diferentes sem usar palavras de comparação. Em "A vida é uma nuvem que voa", estamos comparando vida e nuvem. Já na comparação usamos conectivos como "como", "tal qual": "Seus olhos são como jabuticabas".
💡 Dica: Para lembrar facilmente, pense assim: metáfora é uma comparação sem "como", enquanto a comparação sempre usa esse conectivo!
A metonímia troca uma palavra por outra relacionada. Quando alguém diz "Comeu o prato todo", não comeu o objeto prato, mas sim a comida que estava nele. A perífrase substitui um nome por uma expressão que o identifica: "o rei das selvas" em vez de "leão".
A hipérbole é um exagero proposital: "Quase morri de estudar". A sinestesia mistura sensações de sentidos diferentes: "olhos frios" une visão e tato. O eufemismo suaviza algo desagradável: "Entregou a alma a Deus" em vez de "morreu".
Por fim, a catacrese usa palavras em sentido impróprio porque não existe palavra específica: "Embarcou no avião" (embora avião não seja barco).