As Grandes Revoltas Regenciais
A Guerra dos Farrapos (1835-1845) foi uma das maiores e mais duradouras revoltas do Período Regencial. Ocorrida no Rio Grande do Sul, foi impulsionada por questões econômicas, como a alta tributação sobre o charque gaúcho, e por ideais federalistas e republicanos. Os rebeldes chegaram a proclamar a República Rio-Grandense, que resistiu por quase dez anos.
As revoltas regenciais, como a Cabanagem (Pará), a Farroupilha (Rio Grande do Sul) e a Revolta dos Malês (Bahia), tinham em comum o fato de expressarem a insatisfação de diferentes segmentos sociais e regionais com a centralização do poder e com problemas econômicos específicos. Cada revolta tinha suas particularidades, mas todas refletiam as tensões de um país em formação.
O fim do Período Regencial, com a antecipação da maioridade de D. Pedro II, foi essencialmente uma tentativa de solucionar a grave instabilidade política e conter as revoltas que ameaçavam fragmentar o território brasileiro. A figura do jovem imperador foi apresentada como símbolo de unidade nacional e estabilidade.
Fique ligado! As revoltas regenciais não foram apenas protestos isolados - elas representaram verdadeiros projetos alternativos de nação. Algumas, como a Cabanagem, tiveram forte participação popular, incluindo indígenas e negros escravizados ou libertos.