Guerra Civil e Comunismo de Guerra
Uma das primeiras medidas do governo bolchevique foi retirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial. Em março de 1918, foi assinado o Tratado de Brest-Litovski com a Alemanha, pelo qual a Rússia cedeu vastos territórios, renunciou a pretensões territoriais e reconheceu a independência da Ucrânia e da Finlândia, em troca da paz.
Esta decisão, junto com as medidas revolucionárias, provocou forte reação dos setores conservadores. Antigos oficiais monarquistas e políticos tradicionais formaram o Exército Branco para combater os bolcheviques, recebendo apoio de potências estrangeiras como Reino Unido, Estados Unidos, França e Japão. Em resposta, o governo bolchevique organizou o Exército Vermelho, sob o comando de Leon Trotsky.
Para vencer a guerra civil, o governo adotou medidas econômicas extremas conhecidas como comunismo de guerra: controle rígido sobre produção e consumo, proibição do comércio privado, pagamento de salários em produtos e confisco da produção agrícola para abastecer a população. Além disso, impôs rigorosa disciplina militar.
No final de 1920, o Exército Vermelho havia derrotado praticamente todas as forças contrarrevolucionárias. Durante as batalhas, anexou territórios que, em 1922, formariam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A vitória, porém, veio a um alto custo: a economia estava arruinada, a agricultura devastada, a produção industrial paralisada e o sistema de transportes destruído.
Você sabia? Durante a guerra civil, o governo bolchevique executou o czar Nicolau II e toda sua família (incluindo crianças) em julho de 1918, para evitar que se tornassem símbolos da resistência contrarrevolucionária.