Da República ao Terror
A Constituição de 1791 não atendeu às reivindicações populares, provocando movimentos mais radicais como o dos sans-culottes (trabalhadores urbanos e camponeses que usavam calças largas, diferentes das calças curtas da nobreza). Em 1792, a entrada da França em guerra contra outros países europeus piorou a situação.
Quando o rei Luís XVI foi acusado de trair a nação por apoiar os inimigos estrangeiros, os sans-culottes invadiram o Palácio das Tulherias, prenderam o monarca e acabaram com seu poder. Foi proclamada a República Francesa após eleições com sufrágio universal masculino, que criaram a Convenção Nacional.
Na Convenção Nacional havia diversos grupos políticos: os girondinos (representantes da alta burguesia), os jacobinos (representantes da pequena burguesia e do proletariado), a Planície ou Pântano (deputados independentes), os Cordeliers republicanosradicaisligadosaossans−culottes e os monarquistas constitucionais (que defendiam a volta da monarquia).
Em 1793, Luís XVI foi julgado, condenado por traição e executado na guilhotina. Os jacobinos, liderados por Robespierre, tomaram o poder e iniciaram o período conhecido como "O Terror", durante o qual mais de 300 mil pessoas foram presas e 17 mil executadas, incluindo opositores políticos e até mesmo antigos aliados revolucionários.
⚠️ Importante! Durante o Terror, até ser "revolucionário demais" poderia ser motivo para execução. O próprio Danton, um dos líderes jacobinos, acabou na guilhotina por discordar de Robespierre em alguns pontos!