Expansão e Consequências da Reforma
O protestantismo não parou em Lutero. Na Suíça, João Calvino desenvolveu uma vertente própria, defendendo a predestinação (a ideia de que Deus já escolheu quem será salvo), valorizando o trabalho duro e a disciplina. O calvinismo influenciou o desenvolvimento do capitalismo e se espalhou pela França (huguenotes), Escócia e Holanda. Na Inglaterra, o rei Henrique VIII criou o anglicanismo em 1534, rompendo com o papa por motivos pessoais – ele queria se divorciar, algo proibido pela Igreja Católica.
A Igreja Católica reagiu com a Contrarreforma, que incluiu o Concílio de Trento (1545-1563) para reafirmar dogmas e proibir a venda de indulgências, a intensificação da Inquisição para perseguir "hereges", e a criação dos jesuítas para evangelizar e defender o catolicismo.
A Europa mergulhou em conflitos religiosos sangrentos. Na França, católicos e huguenotes se enfrentaram no violento Massacre da Noite de São Bartolomeu (1572). Na Alemanha, a guerra religiosa levou à Paz de Augsburgo (1555), permitindo que cada príncipe escolhesse a religião de seu território. Na Inglaterra, católicos e anglicanos se perseguiram mutuamente durante gerações.
Atenção! A Reforma Protestante foi além da religião. Ao enfraquecer o poder da Igreja, fortaleceu os Estados nacionais e contribuiu para o pensamento individualista que mais tarde influenciaria o Iluminismo e a democracia moderna!