Primeiro Reinado: Do início à queda de D. Pedro I
Tudo começou com influências revolucionárias! O Iluminismo, a Revolução Francesa e a independência das colônias inglesas na América inspiraram o processo de independência do Brasil. Quando D. Pedro I assumiu o governo, enfrentou resistência das províncias do norte e nordeste que não queriam reconhecer sua autoridade.
Uma das primeiras ações do imperador foi convocar uma Assembleia Constituinte, dominada pelos latifundiários. Esta ficou conhecida como Constituição "mandioca", pois relacionava o direito ao voto à posse de terras. Quando os constituintes tentaram limitar seus poderes, D. Pedro I dissolveu a assembleia na chamada "noite da agonia".
Em 1824, D. Pedro I outorgou (impôs) uma constituição que estabelecia o poder moderador, permitindo-lhe intervir nos demais poderes. O voto era aberto, indireto, censitário e exclusivo para homens. Esta constituição também submetia a Igreja ao Estado através do regalismo, que incluía o padroado e o beneplácito.
💡 Você sabia? A Confederação do Equador foi uma revolta separatista nas províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará contra a constituição imposta e o autoritarismo de D. Pedro I.
No cenário político, dois partidos se destacaram: o Partido Português, que apoiava D. Pedro I, e o Partido Brasileiro, formado pela elite agrária. No âmbito internacional, o Brasil precisou negociar o reconhecimento de sua independência, pagando 2 milhões de libras esterlinas a Portugal em 1825.
A crise do Primeiro Reinado foi intensificada pela queda nas exportações, baixa arrecadação tributária e aumento da dívida externa. A Guerra da Cisplatina contra a Argentina pelo controle do atual Uruguai gerou muitas mortes e gastos financeiros. O autoritarismo do imperador provocou revoltas populares, como a "noite das garrafadas", um conflito entre brasileiros e portugueses.
Em 1831, pressionado por todos os lados, D. Pedro I abdicou em favor de seu filho, D. Pedro II. Como o herdeiro tinha apenas 5 anos, instaurou-se um período de regência, encerrando assim o turbulento Primeiro Reinado.