República Oligárquica: Poder e Revoltas
A República Oligárquica durou de 1889 a 1930, começando com a Proclamação da República e se caracterizando pelo domínio político das elites rurais. Este período foi marcado por arranjos políticos que garantiam o controle do poder por grupos específicos.
A famosa "Política do Café com Leite" estabeleceu a alternância de poder entre São Paulo (produtores de café) e Minas Gerais (produtores de leite) na presidência da República. Esse sistema funcionava junto com a "Política dos Governadores", onde o presidente apoiava os governadores estaduais em troca de apoio político.
Em 1906, o Convênio de Taubaté criou um mecanismo de proteção aos cafeicultores em momentos de crise, com o governo comprando o excedente de café para manter os preços elevados. Esse período também ficou conhecido pelas práticas de coronelismo, mandonismo e clientelismo que controlavam os votos locais.
Você sabia? O "voto de cabresto" era uma prática comum durante a República Oligárquica. Os coronéis locais controlavam o voto dos eleitores, muitas vezes por meio de ameaças ou favores, garantindo a eleição de seus candidatos favoritos.
Diversas revoltas populares contestaram essa ordem estabelecida, como a Revolta de Canudos, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, Contestado, Revolta da Armada e a Revolução Federalista. A primeira fase da República, conhecida como República da Espada, foi dominada por militares e viu a promulgação da primeira Constituição Federal em 1891, além da desastrosa política do Encilhamento que aumentou a inflação através da emissão excessiva de papel-moeda.