O Fim da Monarquia no Brasil
A partir da década de 1870, a monarquia brasileira começou a perder força. D. Pedro II, antes tão respeitado, já não conseguia atender às demandas de vários grupos sociais, incluindo as classes urbanas, alguns setores da elite e principalmente os militares. Aos poucos, a ideia de república ganhou espaço como alternativa política.
O sistema político do Segundo Reinado era bem particular. Funcionava como um "parlamentarismo às avessas", onde o imperador tinha o poder de escolher o partido que formaria o gabinete ministerial. Se o governo não estivesse agindo conforme seus desejos, D. Pedro II simplesmente dissolvia o Parlamento e convocava novas eleições. Esse mecanismo garantiu a alternância de poder entre liberais e conservadores por décadas.
A economia do período foi dominada pelo café, principalmente produzido no Vale do Paraíba e no Oeste Paulista. Essa atividade gerou riqueza para o país, mas também manteve o Brasil dependente da exportação de produtos agrícolas. Houve algumas tentativas de industrialização nas décadas de 1840 a 1860, com o aumento da navegação a vapor e a construção de estradas de ferro, impulsionadas principalmente pelo Barão de Mauá.
A década de 1880 foi marcada por crises políticas constantes. Os militares, influenciados pelo positivismo, juntamente com republicanos civis, começaram a conspirar contra o governo imperial. O desfecho veio em 15 de novembro de 1889, quando o marechal Deodoro da Fonseca liderou a derrubada do gabinete ministerial. D. Pedro II foi destronado e exilado na Europa, onde faleceu em 1891, sem jamais retornar ao Brasil.
Reflexão: A transição do Império para a República aconteceu sem participação popular significativa. Você já pensou como seria diferente se o povo tivesse participado ativamente desse momento histórico?