Independência do Brasil: O Caminho para a Libertação
Tudo começou com a Revolução do Porto em 1820, quando Portugal quis voltar ao que era antes. Após o Congresso de Viena (1814), que tentava restaurar as monarquias absolutistas na Europa, os portugueses exigiram o retorno de D. João VI, que estava no Brasil desde 1808.
O Brasil já tinha se tornado Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, mas Portugal queria mais: uma constituição liberal, o retorno imediato do rei e o fim de todas as medidas que beneficiavam o Brasil. Na verdade, queriam que voltássemos a ser apenas uma colônia!
Nesse período, formaram-se três grupos políticos importantes no Brasil:
- O Partido Português: defendia a recolonização, formado por funcionários públicos e comerciantes ligados a Portugal
- O Partido Brasileiro: queria a independência, mas mantendo a monarquia e a escravidão
- O Partido Liberal-Radical: defendia ideias mais avançadas como abolição e república
Você sabia? O Brasil foi um dos poucos países das Américas que se tornou independente mantendo um sistema monárquico, em vez de adotar o republicanismo como seus vizinhos!
O processo de independência ganhou força com o Dia do Fico (9 de janeiro de 1822), quando D. Pedro I decidiu ficar no Brasil, contrariando as ordens de Portugal. Meses depois, veio o famoso "Grito do Ipiranga", em 7 de setembro de 1822, um evento que, na verdade, foi criado para evitar revoltas populares mais radicais.
Em 1823, foi criada a Assembleia Constituinte para elaborar a primeira constituição brasileira, um documento que definiria as regras do novo país. No fim, o poder ficou centralizado nas mãos de D. Pedro I, e a elite ganhou ainda mais privilégios, mostrando que nossa independência foi feita "pelo alto", sem grandes mudanças sociais.