Imperialismo: Origens e Manifestações
O Imperialismo surgiu impulsionado pela expansão industrial e pela busca incessante por novos recursos. As potências europeias, enfrentando os efeitos da 2ª revolução industrial, precisavam de matérias-primas abundantes e mercados consumidores para seus produtos. O crescimento populacional europeu e a substituição do homem pela máquina também geraram problemas sociais que incentivaram essa expansão.
Entre as principais nações imperialistas estavam Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Bélgica, Japão, EUA, Portugal e Espanha. Elas concentraram seus esforços de dominação principalmente na África, Ásia e Oceania, regiões ricas em recursos naturais e com populações que podiam ser exploradas.
Para justificar essas ações, criaram-se teorias como o Darwinismo social (aplicação distorcida das ideias de Darwin à sociedade) e a "missão civilizatória" (o chamado "fardo do homem branco"). Os europeus classificavam as raças em caucasiana, mongoloide e negroide, colocando-se sempre como superiores.
Você sabia? A Conferência de Berlim (1884-1885) reuniu potências europeias para dividir o continente africano entre si, redesenhando seu mapa sem qualquer consideração pelos povos que lá viviam. Isso explica por que muitas fronteiras africanas atuais são linhas retas que ignoram divisões étnicas e culturais.
Alguns conflitos marcantes desse período foram a Guerra dos Cipaios (1857) na Índia, iniciada quando soldados indianos se recusaram a usar cartuchos com gordura animal; a Guerra do Ópio (1840-1842) entre Inglaterra e China; e a Guerra dos Boêres na África do Sul. Enquanto isso, o Japão, sob a liderança de Mutsuhito (Era Meiji), decidiu ocidentalizar-se para não ser dominado, tornando-se também uma potência imperialista.