Egito: Sociedade, Economia e Cultura
A sociedade egípcia era rigidamente estratificada, seguindo o modo de produção asiático com o faraó no topo, centralizado no poder político, econômico e religioso. Ele era considerado a representação viva de Rá, o deus da criação. Abaixo dele vinham os nobres e sacerdotes, seguidos por militares, escribas, comerciantes, artesãos, camponeses e, na base, escravos de guerra.
A economia era agropastoril de regadio, utilizando canais que ligavam o rio Nilo às plantações. Cultivavam trigo e cevada, criavam gado, cabras e aves. O comércio com outras sociedades da África, Ásia e Europa permitiu não só trocas comerciais, mas também culturais, facilitadas pela navegação pelo rio Nilo.
A escrita egípcia tinha dois sistemas principais: a hieroglífica, pictográfica e usada em templos e pirâmides, e a demótica, mais abstrata e cursiva, utilizada para assuntos cotidianos e comum no Egito tardio. Apenas pessoas da alta sociedade tinham acesso à escrita.
A arte egípcia decorava templos e prédios públicos, seguindo a "Lei da Frontalidade": tronco virado para frente e membros de forma lateral, sem preocupação com segundo plano. As obras exaltavam o faraó, entidades e cenas do cotidiano.
Os egípcios eram politeístas, acreditando em diversos deuses relacionados à vida, cotidiano e morte, como Rá (deus sol), Maat (deusa da verdade), Osíris (deus da morte) e Anúbis (deus da mumificação). A crença na eternidade levou ao desenvolvimento da mumificação – preservavam o corpo e os bens materiais, acreditando que a vida continuaria após a morte.
Fascinante: A medicina egípcia era avançada para sua época! Muitos procedimentos eram realizados através do nariz, pois havia grande preocupação em não fazer cortes no corpo, que deveria ser preservado para a vida após a morte.