PERÍODO REGENCIAL E SEGUNDO REINADO
Com D. Pedro II ainda criança, o Brasil entrou no Período Regencial (1831-1840), marcado por intensa agitação política. Diversas revoltas eclodiram pelo país, como a Cabanagem, a Sabinada, a Balaiada e a Farroupilha, questionando a unidade territorial e a centralização do poder.
Durante esse período, foram implementadas reformas importantes, como o Ato Adicional de 1834, que criou as Assembleias Legislativas Provinciais. Contudo, a instabilidade levou os liberais a anteciparem a maioridade de D. Pedro II, realizada por meio do Golpe da Maioridade em 1840, quando ele tinha apenas 14 anos.
O Segundo Reinado (1840-1889) foi o período mais longo e estável do Império. Politicamente, caracterizou-se pela alternância entre os partidos Liberal e Conservador no poder, no sistema conhecido como "parlamentarismo às avessas", onde o imperador exercia grande influência na composição dos gabinetes ministeriais.
Economicamente, o café se tornou o principal produto de exportação, substituindo o açúcar e criando uma nova elite econômica no Sudeste, especialmente em São Paulo. A mão de obra escrava, antes concentrada nas plantações de cana-de-açúcar no Nordeste, passou a ser direcionada para as fazendas de café.
Na política externa, o Brasil participou da Guerra do Paraguai (1864-1870), ao lado da Argentina e do Uruguai. O conflito, que devastou o Paraguai, teve um papel importante na profissionalização do exército brasileiro, mas também contribuiu para o crescimento de sentimentos republicanos entre os militares.