Escravidão no Brasil Colônia
A escravidão no Brasil começou com os povos indígenas, que enfrentaram vários desafios específicos. Sua economia de subsistência não se encaixava no modelo mercantilista português, dificultando a adaptação ao trabalho forçado. O conhecimento do território brasileiro facilitava suas fugas, frustrando os colonizadores.
A Coroa Portuguesa, influenciada pelos jesuítas, via os indígenas como "almas a serem salvas", oferecendo certa proteção através de leis que, na prática, pouco os beneficiavam. Economicamente, a escravização indígena não gerava lucros diretos para Portugal, pois não havia um sistema de tráfico organizado que pudesse ser taxado.
A escravidão africana tornou-se a solução preferida pelos colonizadores. Os africanos chegavam nos navios tumbeiros em condições desumanas, e vinham de diferentes regiões para dificultar sua comunicação e possíveis revoltas. Diferentemente dos indígenas, os africanos não conheciam o território brasileiro, o que tornava as fugas mais difíceis.
O cotidiano dos escravizados era marcado por torturas físicas e psicológicas. Eram marcados a ferro quando vendidos, sofriam castigos constantes, e as mulheres escravizadas ainda enfrentavam abusos sexuais dos senhores e castigos das senhoras por ciúmes.
Você sabia? A escravidão no Brasil foi uma das mais longas e cruéis das Américas, sendo o último país a aboli-la oficialmente, apenas em 1888 com a Lei Áurea.