O Estado Novo e as Transformações Socioeconômicas do Brasil (1937-1945)
Em 1937, Getúlio Vargas deu um golpe de estado e instaurou o Estado Novo, regime autoritário que concentrou poderes em suas mãos. Usando o pretexto de uma suposta ameaça comunista, ele fechou o Congresso, aboliu partidos políticos e passou a governar por decretos.
Apesar do autoritarismo, esse período foi marcado por intenso desenvolvimento econômico. O Brasil viveu uma acelerada industrialização, impulsionada pela Segunda Guerra Mundial. O governo criou empresas estatais fundamentais como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Companhia Vale do Rio Doce.
Na área social, o Estado Novo trouxe avanços significativos para os trabalhadores urbanos. Foi instituído o salário mínimo, a jornada de oito horas, férias remuneradas e proteção contra demissões injustificadas. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943, unificou a legislação trabalhista brasileira.
Reflexão importante: O Estado Novo apresenta um paradoxo interessante: como um regime autoritário pôde implementar avanços sociais tão significativos? Essa contradição ilustra a complexidade da figura de Vargas, frequentemente chamado de "pai dos pobres e mãe dos ricos".