A Ascensão de Vargas e o Estado Novo
Getúlio Vargas chegou ao poder em 1930 através de um golpe que derrubou Washington Luís, marcando o fim da República Velha. A Revolução de 1930 foi impulsionada pela insatisfação com as oligarquias rurais e pela crise do café, com Vargas prometendo modernizar o país e reduzir desigualdades regionais.
Em 1937, após um breve período constitucional, Vargas instaurou o Estado Novo, uma ditadura que durou até 1945. Durante esse período, ele centralizou o poder, dissolveu o Congresso e governou por decretos. O regime tinha inspiração no fascismo europeu, com forte viés nacionalista e corporativista, mas sem um partido único.
O governo Vargas promoveu intensamente a industrialização nacional, criando empresas estatais importantes como a Petrobras e a Companhia Siderúrgica Nacional. Essa política buscava reduzir a dependência brasileira das exportações agrícolas, impulsionando o desenvolvimento urbano e industrial do país.
Você sabia? A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), criada por Vargas em 1943, continua sendo a base das relações trabalhistas no Brasil até hoje, mesmo após diversas reformas.
Uma das principais marcas da Era Vargas foi a transformação nas relações de trabalho. A criação da CLT em 1943 garantiu direitos fundamentais aos trabalhadores, como férias, jornada de 8 horas diárias e salário mínimo. Embora Vargas tenha fortalecido os sindicatos e criado uma base de apoio popular, mantinha rígido controle sobre as organizações trabalhistas, incorporando lideranças sindicais ao seu governo.