Antigo Egito: Uma Civilização às Margens do Nilo
O Egito Antigo surgiu graças ao Rio Nilo e suas cheias periódicas. Quando o rio transbordava, deixava o solo coberto por limo, um material rico em nutrientes que tornava as terras férteis para agricultura.
Inicialmente, o território estava dividido em nomos (pequenos estados independentes) governados por nomarcas. Por volta de 3.500 a.C., esses nomos se organizaram em dois grandes reinos: o Baixo Egito (Norte) e o Alto Egito (Sul). Em 3.200 a.C., Menés, o primeiro faraó, unificou esses reinos.
A sociedade egípcia era muito organizada, com características bem definidas: estrutura de castas (sem mobilidade social), governo baseado em monarquia teocrática (o faraó era considerado um deus), maioria da população formada por camponeses e, diferente de outras civilizações antigas, as mulheres tinham certo prestígio social.
Você sabia? A economia egípcia dependia totalmente do Rio Nilo e funcionava com base em um sistema de servidão coletiva, onde a maioria da população trabalhava nas terras.
A história do Egito Antigo é dividida em três grandes períodos:
- Antigo Império: Construção das pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, com capital em Mênfis
- Médio Império: Reconquista do poder político, capital em Tebas, expansão territorial e invasão dos hicsos
- Novo Império: Expulsão dos hicsos, novas conquistas e, finalmente, dominação por outros povos (assírios, persas, gregos e romanos)
Os egípcios desenvolveram três tipos de escrita: hieróglifa (mais formal), hierática (simplificada) e demótica (popular). Sua sociedade era rigidamente estruturada, com o faraó no topo, seguido por nobres, sacerdotes, soldados, escribas, comerciantes, artesãos, camponeses e escravos na base.