Ditadura Militar (1964-1985)
O golpe militar de 1964 não aconteceu do nada. O Brasil enfrentava uma crise política e econômica intensa durante o governo de João Goulart, com a sociedade dividida em posições ideológicas opostas. O contexto da Guerra Fria amplificava o medo do comunismo entre militares e setores conservadores, que viam nas reformas propostas por Goulart uma ameaça à ordem estabelecida.
Os Estados Unidos tiveram papel importante nesse processo, apoiando a intervenção militar como estratégia para impedir o avanço de governos de esquerda na América Latina. Esse apoio internacional fortaleceu os militares brasileiros em sua decisão de tomar o poder.
Entre os momentos mais marcantes desse período, destaca-se o Ato Institucional nº 5 AI−5 de 1968, que intensificou a repressão, estabeleceu a censura e legitimou a perseguição política aos opositores do regime. Somente a partir de 1979 iniciou-se o processo de abertura política, que culminaria com o fim da ditadura em 1985.
Você sabia? Embora tenha sido um regime ditatorial, os militares mantiveram um Congresso funcionando durante quase todo o período, ainda que com poderes limitados, numa tentativa de dar aparência democrática ao regime.
O legado da ditadura militar permanece vivo nos debates sobre direitos humanos e na construção da memória histórica brasileira. Entender esse período é fundamental para compreendermos os desafios da nossa democracia atual.