Os Presidentes da Ditadura Militar
A ditadura militar brasileira durou de 1964 a 1985, sendo governada por cinco presidentes militares escolhidos indiretamente. Cada um deles deixou sua marca no país de formas diferentes.
Castello Branco (1964-1967) foi o primeiro presidente militar, implementando o AI-1 que estabeleceu eleições indiretas. Ele criou o Banco Central e lançou o Plano de Ação Econômica para controlar a inflação, consolidando as bases do novo regime.
Costa e Silva (1967-1969) decretou o temido AI-5, o ato institucional mais severo do período, que suspendeu direitos constitucionais e intensificou a repressão. Seu governo reprimiu duramente movimentos estudantis e operários que se opunham ao regime.
Médici (1969-1974) presidiu durante os chamados "Anos de Chumbo", período de intensa repressão política, torturas e censura. Ironicamente, seu governo ficou conhecido pelo "Milagre Econômico" - alto crescimento do PIB, mas com aumento da dívida externa e maior concentração de renda.
⚠️ Atenção! O governo Médici representa um paradoxo importante: enquanto a economia crescia e muitos brasileiros comemoravam conquistas como a Copa do Mundo de 1970, nos porões da ditadura pessoas eram torturadas e mortas por se oporem ao regime.
Geisel (1974-1979) iniciou o processo de abertura política "lenta, gradual e segura", permitindo maior liberdade de imprensa e começando o processo de anistia, embora enfrentando crise econômica e inflação crescente.
Por fim, Figueiredo (1979-1985) promulgou a Lei da Anistia, permitindo o retorno dos exilados políticos, mas também protegendo agentes do regime de serem julgados por seus crimes. Em seu governo, o movimento "Diretas Já" ganhou força, exigindo eleições diretas para presidente e acelerando o fim do regime militar.