Conflitos, Religião e Economia Colonial
Os conflitos com os nativos foram constantes, destacando-se a Confederação dos Tamoios, uma união de indígenas com estrangeiros contra a exploração portuguesa. Ao mesmo tempo, franceses e holandeses se aliaram a grupos portugueses em troca de vantagens comerciais. Em 1642, foi criado o Conselho Ultramarino para administrar todas as colônias portuguesas.
A religião desempenhou papel crucial na colonização. Com a Reforma Protestante na Europa, intensificou-se a catequização nas colônias. Os jesuítas chegaram com o primeiro governador geral e atuaram nos aldeamentos indígenas. Enquanto os indígenas eram vistos como "gentios" que deviam ser educados, os africanos eram considerados "infiéis", o que justificava sua escravização na visão católica da época.
A economia colonial baseava-se no mercantilismo, focada na exportação para Portugal sem preocupação com o desenvolvimento local. No Nordeste, estabeleceu-se o sistema de plantation açucareira, que moldou a sociedade colonial com base em latifúndios, monocultura e trabalho escravo. Além do açúcar, desenvolveram-se a pecuária, a extração de especiarias ("drogas do sertão") e, posteriormente, a mineração.
Atenção! A sociedade colonial era extremamente hierarquizada e patriarcal. No topo estavam os aristocratas (senhores de engenho), seguidos por homens livres (pequenos proprietários, artesãos) e, na base, os escravizados, considerados "mãos e pés do senhor".