O Segundo Reinado: Política, Economia e Sociedade
O jovem Dom Pedro II assumiu o poder através do Golpe da Maioridade em 1840, uma estratégia para acabar com a instabilidade do Período Regencial. Durante seu governo, foi implementado o "parlamentarismo às avessas", onde o imperador tinha controle sobre o Parlamento, podendo escolher e dissolver gabinetes.
A economia brasileira passou a ser dominada pela cafeicultura, principalmente no Sudeste. O café tornou-se nosso principal produto de exportação, trazendo riqueza para o país e atraindo imigrantes europeus que começavam a substituir a mão de obra escravizada nas lavouras.
O Brasil vivenciou uma modernização com a construção de ferrovias, telégrafos e portos, facilitando o escoamento da produção. As primeiras indústrias também começaram a aparecer, especialmente no setor têxtil, ainda que de forma tímida.
Você sabia? A Lei de Terras de 1850 dificultou que pessoas pobres e ex-escravizados conseguissem terras, pois estabeleceu que terras públicas só poderiam ser adquiridas por meio de compra, não mais por ocupação.
A escravidão continuou sendo a base da economia durante grande parte do Segundo Reinado, mas enfrentava crescentes pressões internas e externas. O processo abolicionista aconteceu de forma gradual, com leis como a Eusébio de Queirós (1850), do Ventre Livre (1871) e dos Sexagenários (1885), culminando com a Lei Áurea em 1888, que aboliu oficialmente a escravidão no Brasil.
Neste período também se intensificou a construção de uma identidade nacional brasileira, impulsionada pelo movimento Romântico na literatura. Escritores como José de Alencar e Gonçalves Dias exploraram temas nacionais, exaltando a natureza brasileira e idealizando o indígena como símbolo nacional.