Economia Dominial e Senhorial
Entre os séculos VII e X, a Economia Dominial se caracterizou por um amplo processo de ruralização. Os domínios, grandes propriedades agrárias trabalhadas por mão de obra dependente, tornaram-se a alternativa aos declinantes centros urbanos. Este sistema enfrentava desafios como técnicas rudimentares de cultivo, sistema bienal e baixa produtividade agrícola.
Os domínios dividiam-se em duas partes: a Reserva Senhorial (explorada diretamente pelo proprietário) e a Área dos Mansos (dividida em pequenas áreas para os camponeses). Os camponeses deviam ao proprietário parte da produção, pagamentos em dinheiro e trabalho gratuito na reserva. O servo não era um escravo tradicional, pois estava preso à terra e não podia ser vendido como mercadoria.
A partir do século XI, surgiu a Economia Senhorial, marcando o apogeu do Sistema Econômico Funcional. Fatores como a melhoria do clima europeu e a revolução demográfica transformaram a sociedade, levando à quase extinção da escravidão e à suavização das formas de compulsão do trabalho. O foco passou a ser a apropriação do resultado do trabalho, não do próprio trabalho.
Atenção! Os servos sofriam uma tripla tributação: pagamentos ao senhor fundiário, ao senhor banal e o dízimo à Igreja.
O crescimento demográfico, combinado com a baixa produtividade, elevou os preços e a demanda, estimulando o comércio. A expansão geográfica (impulso para o leste, Reconquista e Cruzadas) ofereceu novas oportunidades, permitindo que muitos servos conseguissem emancipação através do comércio e da migração para novas áreas.