Tipos de Óvulos e Desenvolvimento Inicial
Todos os embriões precisam de vitelo (gema) para sobreviver. Este material nutritivo, rico em proteínas, garante a nutrição das células durante o desenvolvimento inicial. A quantidade e distribuição do vitelo determinam o tipo de óvulo:
- Oligolécito: pequena quantidade de vitelo distribuída uniformemente (comum em mamíferos placentários como humanos)
- Heterolécito: distribuição desigual, com maior concentração no polo vegetativo (encontrado em helmintos, moluscos, peixes e anfíbios)
- Centrolécito: vitelo concentrado próximo ao núcleo (típico em artrópodes)
- Telolécito: enorme quantidade de vitelo ocupando quase toda a célula (presente em répteis, aves e mamíferos monotremados)
💡 Nos mamíferos placentários como nós, os óvulos têm pouco vitelo porque o embrião recebe nutrientes diretamente da mãe através da placenta!
Da Clivagem à Gastrulação
A clivagem marca o início das divisões celulares no desenvolvimento. Dependendo da quantidade de vitelo, pode ser:
- Holoblástica igual: blastômeros de tamanhos similares
- Holoblástica desigual: blastômeros de tamanhos diferentes
- Meroblástica superficial: típica de ovos centrolécitos
- Meroblástica discoidal: ocorre quando há muito vitelo
Na blastulação, a mórula passa por cavitação, formando a blastocele (cavidade). Em mamíferos placentários, o embrião neste estágio é chamado blastocisto, com o trofoblasto sendo responsável pela implantação no endométrio e formação da placenta.
A gastrulação é a fase em que se formam os folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma), determinando o destino das células. Durante a neurulação, o embrião forma o tubo neural a partir da placa neural, originada do ectoderma, enquanto a notocorda se desenvolve a partir do teto do arquêntero.